O
PODER DOS QUIETOS
Fenômeno de vendas, livro de Susan Cain mostra que
a introversão, atualmente encarada como um traço de personalidade de segunda
classe, pode ser extremamente produtiva e foi essencial para ideias que
impulsionaram o desenvolvimento de nossa sociedade
Um
dos livros mais vendidos do ano nos Estados Unidos segundo o jornal The New York Times, O poder dos quietos, da americana Susan Cain, lançado no Brasil
pela Editora Agir, mostra que a introversão é ingrediente fundamental para a criatividade
e a inovação. Embasada por estudos científicos, além de ter realizado um
extenso trabalho de pesquisa, a autora afirma que nossa sociedade vem
transformando escolas e escritórios em instituições dedicadas a extrovertidos —
arquétipo que tem se revelado um grande desperdício de talento, energia e
felicidade.
O
sistema de valores contemporâneo segue a crença de que todos precisariam se
sentir confortáveis sob a luz dos holofotes. A introversão vem sendo encarada
como um traço de personalidade de segunda classe, praticamente como uma
patologia. O que o leitor descobre em O
poder dos quietos é que está cometendo um erro grave ao abraçar esse ideal.
Algumas das maiores ideias humanas — da teoria da evolução aos girassóis de Van
Gogh e os computadores pessoais — vieram de pessoas quietas que sabiam como se
comunicar com seus universos interiores. Sem os introvertidos não haveria a
teoria da relatividade, os noturnos de Chopin, o Google.
O
temperamento extrovertido é atraente, mas, segundo Susan, foi transformado em
um padrão opressivo que muitos, mesmo contra sua própria essência, se acham
obrigados a adotar. Tal ponto de vista surge fundamentado pelas mais recentes
pesquisas nas áreas da psicologia e da neurociência, que têm apresentado ideias
iluminadoras: os introvertidos, por exemplo, sentem-se confortáveis com menos
estímulo, como quando resolvem palavras cruzadas ou leem um livro; já os extrovertidos
gostam da vibração extra de atividades como conhecer pessoas novas e esquiar em
montanhas perigosas.
Especialistas afirmam também que os dois tipos trabalham de maneiras
diferentes. Os extrovertidos tendem a terminar tarefas em pouco tempo, tomando
decisões rápidas, enquanto os introvertidos costumam atuar de forma mais lenta
e ponderada, focando-se em uma tarefa de cada vez. “Pessoas
introvertidas são pensadores atentos e reflexivos, capazes de tolerar a solidão
que a produção de ideias requer. A implementação dessas boas ideias, por sua
vez, implica em cooperação, e introvertidos são mais propensos a preferir
ambientes cooperativos, enquanto os extrovertidos costumam favorecer a
competição”, afirma a autora.
Na
primeira parte do livro, Susan trata justamente do “Ideal da Extroversão”,
abordando o poder do trabalho solitário e o mito da liderança carismática. A
questão do que chamamos de “temperamento” surge como ponto central do módulo
seguinte, que, mostrando que introvertidos e extrovertidos pensam e processam
dopamina de maneiras distintas, envolve biologia e estudos de personalidade. Já
na parte três o assunto recebe um olhar cultural em um debate que envolve amor,
trabalho e educação – sempre por meio de uma acurada e delicada observação do
dia a dia.
O livro esclarece ainda algumas dúvidas comuns, mostrando que um
introvertido não é necessariamente um eremita ou um misantropo. Nem mesmo a
palavra “timidez” pode ser tida como um sinônimo de “introversão”: esta
é o medo da desaprovação social e da humilhação, enquanto aquela é a
preferência por ambientes onde não predominam os estímulos externos. Ao contrario
da introversão, a timidez é inerentemente dolorosa.
Assim
com acontece com outros opostos complementares (masculinidade e feminilidade,
Ocidente e Oriente, liberais e conservadores), a humanidade seria
irreconhecível sem a divisão entre introvertidos e extrovertidos. Poetas e
filósofos têm pensando sobre o assunto desde o início dos tempos, sendo que os
dois tipos aparecem na Bíblia e em escritos da antiguidade clássica. O poder dos quietos, assim, leva o
leitor a se aprofundar no comportamento humano e mudar a maneira pela qual
enxerga a si mesmo.
SOBRE
A AUTORA
Susan Cain, antes
de se dedicar à escrita, exerceu por sete anos a profissão de advogada em
grandes empresas e trabalhou como consultora de negociações, treinando
profissionais das mais variadas áreas. Vive com o marido e os filhos em um
chalé do século XIX às margens do rio Hudson, em Nova York.
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Beijos Blanc
Não é um livro que eu tenha vontade de ler, rs.
ResponderExcluirBjs,
como sou matraca! nao sei se adiantaria muito!
Excluirhaha
beijo
Eu gostei!
ResponderExcluirLeria de boa!
beijos
Adorei!Leria com certeza!
ResponderExcluirBeijos, tenha uma ótima terça.
http://blogdavicm.blogspot.com.br/
Eu gostei! Lerei sim!
ResponderExcluirLouca para ver resenhas!
ResponderExcluir:D
Ideia pra ti, que nem fica quieta!
ResponderExcluir