Pólvora
Sexo, violência e crítica social em novo livro de Tico Santa Cruz
Lorena, uma ex-enfermeira viciada no perigo, inicia uma jornada alucinante ao lado de sua nova paixão - um ex-bancário que foge de uma vida monótona e comportada. Ao longo do trajeto, que inclui sexo, violência e crítica social, o casal conhece a piromaníaca Milene, personagem que os levará em direção a um caminho sem volta.
Essa é a sinopse de Pólvora, o novo livro de Tico Santa Cruz que chega às livrarias na segunda quinzena de setembro pela Belas-Letras. Em 2011, Tico Santa Cruz publicou o livro em forma de capítulos em seu blog e se surpreendeu com o envolvimento dos leitores - foram mais de 300 mil visualizações e 100 mil downloads. Depois do sucesso da iniciativa virtual, a Belas-Letras preparou uma edição especial impressa, com ilustrações, revista e editada.
De acordo com Tico, a saga pode ser classificada como "policial, psicótica, suja, politicamente incorreta e sem compromisso algum com qualquer tipo de estética literária".
Em sua primeira incursão no mundo da ficção, Tico transborda excitação e apresenta um misto de loucura e fantasia urbana por meio de seus personagens, fazendo com que a trama de Lorena deixe um rastro de morte por onde ela passa. O livro ainda é uma crítica contundente e caricata ao sistema político, social e econômico brasileiro.
Pólvora
Tico Santa Cruz
ISBN 9788581741567
Formato: 14x21cm
168 páginas
0,400 Kg
2014
Preço de Capa: R$ 29,90
"Minha terapeuta ficou preocupada com a minha sanidade"
Confira uma entrevista de Tico Santa Cruz sobre seu próximo livro, Pólvora:
Belas-Letras: O que Pólvora tem de relação com o Brasil atual?
Tico: Pólvora é uma ironia e uma crítica a várias questões no Brasil. Na verdade, os personagens vão passeando por cenários que misturam ficção e realidades sociais, religiosas, políticas, porém ilustrados de uma forma intensa, divertida e perigosa.
Belas-Letras: Qual é sua inspiração para escrever?
Tico: Esse livro foi escrito em uma fase bem densa da minha vida. Muitos conflitos internos e experiências mundanas. Alguns trechos cheguei a buscar a mesma sensação que os personagens estavam sentindo. Como, por exemplo, me trancar em um banheiro sujo, sem luz, derretendo de suor para deixar a mente fluir. Não foi uma experiência simples. Minha terapeuta ficou preocupada com a minha sanidade.
Belas-Letras: Por que escrever uma trama policial?
Tico: Porque eu amo filmes policiais, principalmente os independentes, marginalizados, mais alternativos. Amo livro policiais também, mas é preciso ter muito cuidado para amarrar tudo direitinho. Alguns dão a impressão de que o autor se perdeu. Tive o cuidado de ir buscando elos em cada passagem para que as situações não fossem de acordo com o que o leitor pudesse supor que seriam. Um trabalho difícil, mas ainda pretendo me aprimorar mais.
Belas-Letras: Em uma escala de 0 a 10, qual é a parcela de "Tico Santa Cruz" que podemos encontrar no livro? Existe algum personagem baseado em você, ou que carregue algum ideal ou filosofia sua?
Tico: O livro veio de dentro da minha mente. Não sou eu o personagem, mas tudo que foi imaginado para cada um deles passou por meus pensamentos e fantasias. Então de zero a 10 eu diria que é completamente Tico Santa Cruz, em nuances diferentes. Agora, se me perguntar se algo desse livro já foi feito na minha vida real eu diria que de 0 a 10, talvez 5.
Belas-Letras: Esta é uma história que originalmente foi publicada na web e obteve mais de 100 mil downloads. Qual a expectativa para a versão impressa?
Tico: Minha expectativa é boa, embora eu tenha medo de criar expectativas. Na Web funcionou muito bem. Foram mais de 300 mil visualizações no blog que postei os capítulos. Então, se 1% desse pessoal tiver acesso ao livro, já ficarei muito feliz. Mas eu sonho em ver isso sendo filmado para o cinema... Será que estou viajando muito? Deixa o tempo dizer.
Tico tem surpreendido por uma veia de escritor que me surpreendeu!
ResponderExcluirhttp://felicidadeemlivros.blogspot.com.br