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Astronautas Daqui

Astronautas Daqui é navegável em quatro capítulos. Poesia Anti Completa é como Marcelo Yuka chama sua coleção de frases, que podem passar anos a espera de um complemento em cadernos e folhas soltas. Canções Pra Depois do Ódio é o livro de poesia que foi escrito nos últimos dois anos, o que ele chama de "o escoamento de uma vida sem confortos". Ócio é o nome de uma banda imaginária e engraçada, mas nem tanto, a revolta roqueira inicialmente branda, de sacanagem, que chega contundente ao poema Anjos da CarniçaPor Final estão as letras de música, seu universo mais frequente, onde sua voz autoral reverbera com a do público.
 
Astronautas Daqui é Marcelo Yuka que anda sem precisar de pés no chão e também uma entidade paradoxal, o Bep Kororoti, astronauta indígena para quem a viagem espacial acontece na transcendência dos limites. A possibilidade do vazio, do próprio desaparecimento, o vazio do poder, do amor, do excesso de informação, a extinção, o ermo, o baldio, as remoções, a morte, o súbito vazio de um acidente e o espaço a ser transposto entre as coisas e nós mesmos.
 
A poesia de Marcelo Yuka é feita de forma valente e com vocabulário simples. Está no que ele julga que ela seja, mas, principalmente, no que ele fala, observa, ou escreve num email qualquer. É seu talento em dar apelidos aos amigos, síntese de sua observação. Está nele todos os dias, no malabarismo quando sugere um novo ângulo, na invertida lógica e na cambalhota no ar. Marcelo Yuka se joga no vazio e voa.
 
Marcelo Yuca, nome artístico de Marcelo Fontes do Nascimento Viana de Santa Ana, nasceu no Rio de Janeiro, em 31 de dezembro de 1965. É músico, pensador e político. Ele fundou a banda O Rappa e, depois uma outra, F.U.R.T.O. (Frente Urbana de Trabalhos Organizados). Notabilizou-se como um dos principais compositores dos anos de 1990, sendo o autor da maioria das canções do Rappa, falando em suas canções da sociedade e da política, criticando a vida sem justiça que as pessoas levam.
Na noite de 9 de novembro de 2000, Marcelo Yuca quis impedir um assalto no cruzamento das ruas Andrade Neves e José Higino, no bairro da Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro. Ele assistiu um grupo de assaltantes tirar à força uma moça, de dentro de um carro, e para defendê-la, tentou atropelar seus agressores. Acabou sendo baleado com três tiros, um deles se alojando em sua coluna. Yuca ficou paraplégico e isso o impediu de continuar sendo baterista.
Junto com um amigo, o delegado Orlando Zaccone, Yuca criou a ONG Brigada Organizada de Cultura Ativista (Boca), que leva educação e cultura aos presos da delegacia em Nova Iguaçu. Ele sempre fala: «Não acredito que balas se combatam com balas».
 
 
Editora: Leya
N.º Páginas: 336
Preço: R$ 45,90
ISBN: 978-85-8044-647-0
1ª Edição: Novembro de 2012


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@ Moda e Eu.

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Prepare-se :) a contagem vai começar! "A arte de ignorar um desvio de comportamento, um costume, uma forma de sobrevivência, um mecanismo de defesa, de resistência, ou conseqüência do egoísmo e do medo. " Sthéfanie Paula Cachoeira rezena

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